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Por ocasião do lançamento do livro Abraço, no Brasil, e da antologia de poesia Homecoming, nos EUA, José Luís Peixoto participará numa série de conversas e apresentacões, nos seguintes locais e horários:
2/11 — SANTOS | 17h | Teatro Guarany ASSISTIR AQUI (a partir do minuto 24:30)
4/11 — SÃO PAULO | 19h | Consulado de Portugal
6/11 — FOZ DE IGUAÇU | 20h | Feira do Livro de Foz de Iguaçu
10/11 — BRASÍLIA | 16h | Livraria Platô
14/11 — PIPA | 20h30 | Praça dos Pescadores - Flipipa
21/11 — MIAMI | 19h | Feira do Livro de Miami
O romance Almoço de Domingo, de José Luís Peixoto, foi publicado recentemente na Eslováquia, com tradução de Lenka Cinková. O autor estará em Bratislava, onde participará em diversas atividades, nomeadamente na apresentação do romance, que terá lugar na Rómerov dom (Zámočnícka 405/10, 811 03 Bratislava), no dia 23 de outubro de 2024, às 18h.
Por ocasião da FLIP 2024, José Luís Peixoto participará numa série de conversas sobre a presença de Portugal nos seus livros com o título "O Portugal de José Luís Peixoto", que terá lugar na Casa Portugal (Rua Dona Geralda, 152, Paraty), com entrada livre, nos seguintes horários:
10 de outubro — 10h —conversa com Rodrigo Rosp (sobre Morreste-me, Nenhum Olhar, A Criança em Ruínas e Regresso a Casa).
11 de outubro — 15h — conversa com Rodrigo Lacerda (sobre Abraço)
12 de outubro — 11h30 — conversa com Stéphanie Roque (sobre Livro, Galveias, Em teu Ventre, Autobiografia e Almoço de Domingo)
Participará, igualmente, nas seguintes conversas:
LIVRARIA DAS MARÉS — 11 de outubro — 20h —JLP conversa com Manoela Sawitzki, Gabriel Abreu e Alice Sant' Anna
CASA RECORD NA FLIP — 12 de outubro — 13h — JLP conversa com Adriana Lunardi
JLP lê excerto do livro Abraço
José Luís Peixoto estará na cidade de Skopje, na Macedónia do Norte, para apresentar a edição macedónia do romance Livro, publicada pela editora Antolog.
José Luís Peixoto participará nas seguintes atividades:
"Antes de fazermos 50" foi um ciclo de conversas que José Luís Peixoto manteve com Fernando Ribeiro no ano em que ambos cumprem 50 anos.
Com início em janeiro, essas conversas foram mensais e, de forma descontraída, versaram sobre temas que os dois consideraram importantes.
Eis os temas e as datas dessas conversas, que continuam disponíveis nas seguintes ligações:
50 ANOS - 19 de agosto de 2024
TECNOLOGIA - 16 de maio de 2024
LITERATURA - 10 de fevereiro de 2024
MÚSICA - 28 de janeiro de 2024
Chegou ao fim o programa/podcast TANTO MUNDO, de José Luís Peixoto.
Desde 2021, foram 147 episódios, que corresponderam à visita de muitos lugares, não apenas em Portugal, mas também em múltiplos países.
O último episódio foi um regresso ao lugar do primeiro: Galveias, a vila natal de José Luís Peixoto.
Estas crónicas, seguidas de conversas com Noémia Gonçalves, foram transmitidas na Antena 1, RDP Internacional e RDP África.
Todos os episódios continuam disponíveis na RTP Play, assim como em todas as plataformas de podcast.
Mísia (1955-2024)
José Luís Peixoto encontra-se neste momento na China. Pode acompanhar a sua viagem através das redes sociais instagram (@joseluispeixoto) ou facebook (facebook.com/joseluispeixoto).
Entretanto, aqui fica o registo de um passeio feito anteriormente na zona central de Xangai na sua companhia.
João Pedro Pais visitou o Centro de Interpretação José Luis Peixoto, em Galveias, e participou numa conversa com o escritor acompanhada de música.
VER AQUI:
Habib Selmi é um dos autores importantes da literatura contemporânea da Tunísia. Esta parece uma afirmação razoável, adequa-se a um texto como o que aqui se inicia, ninguém parece desconfiar dela e, no entanto, que conhecimentos possuo da literatura contemporânea da Tunísia para afirmações tão convictas? Quase nenhuns, esta é sobretudo uma suspeita, construída a partir da nota biográfica, de mais algumas informações que encontrei na internet e, principalmente, da leitura de A Vizinha Tunisiana, único romance publicado em português deste autor, um trabalho da editora brasileira Tabla. É possível que a minha suspeita seja correta, que a afirmação seja adequada, mas realmente indiscutível é o ínfimo acesso que possuímos em relação a literaturas como a da Tunísia, sobre a qual deveríamos saber bastante mais. Afinal, trata-se de um país do Mediterrâneo, uma das nossas grandes matrizes.
Assumida a ignorância, que é um excelente ponto de partida para nos lançarmos em direção ao conhecimento, vale a pena continuar a fazer perguntas: será a ficção o veículo adequado para recolhermos informação sobre uma cultura? Não creio que tenha de ser, mas pode ser. Vivemos tempos em que se exige demasiado absoluto das respostas. Os romances não têm todos de ser de determinada forma, a literatura não tem sempre de apresentar determinadas características. Encontrar informações sobre realidades específicas num romance pode ser pertinente em certos casos, essa é uma razão legítima para a leitura, não é pecado. Do mesmo modo, essa não é uma obrigação que se tenha de impor a qualquer romance. Um dado texto ficcional possui a liberdade de não refletir uma realidade existente. Esse atributo pode corresponder ou não, à proposta do texto, aos critérios que determina para si próprio. Um romance sobre a Tunísia tem de ser escrito por alguém que nasceu na Tunísia? Não tem de ser, mas pode ser e, da mesma forma, pode não ser. Terá mais legitimidade se for escrito por um natural desse país? Essa é uma questão aberta a debate. Pela minha parte, não creio que seja necessariamente assim, mas parece-me uma discussão interessante.
No caso de A Vizinha Tunisiana, para além das suas evidentes capacidades narrativas, trata-se de uma rara oportunidade de lermos sobre este país, sobre a sua perspetiva do mundo e, em específico, sobre a sua comunidade em Paris. Dado o pouco contacto, não me parece que essa seja uma qualidade despicienda desta leitura. Mais em concreto ainda, a descrição do vínculo entre um professor universitário e uma empregada doméstica, ambos tunisinos emigrados em Paris, fala-nos das gradações sociais desta comunidade, da forma como se relacionam entre si e com os franceses. Isso não invalida que, traduzido do original árabe por Felipe Benjamin Francisco, este seja também um romance sobre os jogos de poder nas relações entre duas pessoas, independentemente da sua nacionalidade, um romance sobre a emigração, todas as emigrações, sobre questões de muitos lugares e de muitos tempos, nomeadamente de aqui e de agora. Podia não ser específico, mas é, e isso não o impede de ser universal. Habib Selmi é um autor importante, tenho a certeza disso.
A Vizinha Tunisiana, Habib Selmi, tradução de Felipe Benjamin Francisco, Tabla, 2023
(Publicado no Jornal de Letras, em março de 2024, na coluna "Fiquei a pensar", onde JLP escreve sobre as suas leituras.)
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